
Usar sebo de vaca na pele? Que nojo!
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Quando digo às pessoas que uso um creme feito com sebo de vaca, a reação é quase sempre a mesma: um misto de choque e repulsa, seguido de um sonoro “que nojo!”. Mas o que estas pessoas não sabem é que o sebo que utilizo nos meus produtos passa por um processo de purificação ancestral, tal como as nossas avós faziam — um método que transforma o bruto em beleza, o impensável em essencial. O resultado não é uma gordura a pingar, nem carne a cheirar mal. O que sai deste processo é uma base suave, cremosa, quase inodora, rica em nutrientes e profundamente regeneradora para a pele. Purificado significa exatamente isso: sem impurezas. O sebo é limpo, filtrado e tratado com cuidado, até se tornar num ingrediente puro, estável e eficaz. Quando te aplicas um bálsamo feito com tallow verdadeiro, estás a nutrir a tua pele com algo que é incrivelmente semelhante ao sebo humano — e por isso, a pele reconhece-o, absorve-o e agradece. O “nojo” vem do desconhecimento. E, por isso, vale a pena lembrar: muitos cremes convencionais também contêm ingredientes de origem animal — colagénio de peixe, lanolina extraída da lã das ovelhas, gelatinas bovinas e por aí fora. Só que nesses casos, ninguém diz que é “nojento” porque vem num frasco bonito, com palavras difíceis e perfumes sintéticos a mascarar a verdade. O tallow é honesto. Não promete milagres com nomes em latim. Entrega resultados com simplicidade. É rico em vitaminas A, D, E e K — todas lipossolúveis, ou seja, absorvidas mais facilmente quando aplicadas com gordura verdadeira. É anti-inflamatório, regenerador, hipoalergénico e profundamente protetor. E é sustentável: vem de um animal já criado para alimentação, aproveitando o que antes era desperdiçado. O que é mesmo nojento? É usarmos cremes carregados de derivados de petróleo, conservantes agressivos, perfumes sintéticos e disruptores hormonais todos os dias… e chamarmos a isso de “autocuidado”. Se há algo que aprendi ao longo deste caminho é que a simplicidade é revolucionária — e dá trabalho. Dá trabalho educar, desconstruir, explicar, voltar a ligar as pessoas àquilo que é puro. Mas é isso que faço com cada frasco da linha TALO. Porque quando descobres o valor do tallow purificado, deixas de sentir nojo e começas a sentir respeito. E a tua pele, essa, sente alívio.